terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cerveja brasileira tem até 50% de milho


Cevada

Cevada, lúpulo e água são conhecidos pela maioria das pessoas como as matérias-primas principais para a fabricação da cerveja.
Porém, o que poucos sabem é que o milho é um importante ingrediente da cerveja nacional e que pode estar presente em até metade de sua composição.
A conclusão é de uma pesquisa realizada no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP.
Os pesquisadores analisaram 77 marcas do produto, incluindo 49 produzidas no Brasil, e 28 importadas, fabricadas na Europa, Américas do Sul e do Norte e na China.

Caso outro cereal seja utilizado em maior proporção que a cevada, o produto deve ser chamado com o nome do vegetal predominante, como a cerveja de milho, por exemplo. [Imagem: Marcos Santos/USP Imagens]

Cerveja de milho

A legislação brasileira estabelece que parte da cevada pode ser substituída por adjuntos como milho, arroz, trigo, centeio, aveia e sorgo.
Porém, a substituição da cevada não deve ultrapassar 50%.
Caso outro cereal seja utilizado em maior proporção que a cevada, o produto deve ser chamado com o nome do vegetal predominante, como a cerveja de milho, por exemplo.
Os suplementos mais utilizados são o xarope e sêmola de milho e arroz.
"As cervejarias não são obrigadas a descrever detalhadamente todos os ingredientes existentes na cerveja e, normalmente, usam o termo genérico cereais não maltados, em vez da especificação de cada produto que a constitui," explica Sílvia Fernanda Mardegan, coordenadora do estudo.
Sílvia atestou que muitos fabricantes utilizam milho em substituição aos ingredientes originais da cerveja.
A receita original da cerveja foi instituída na Alemanha em 1516, quando se promulgou a Lei de Pureza da Baviera, criando um padrão do fermentado de cevada.

Análise de isótopos

O uso de isótopos estáveis do carbono possibilitou determinar a composição das marcas pesquisadas, uma vez que a análise isotópica é uma ferramenta importante na determinação da composição de origem de alimentos e bebidas.
"Por meio dessa ferramenta, pudemos constatar que o milho é um importante componente das cervejas brasileiras", explica Silvia.
Isso se deve ao fato de que diferenças no tipo de fotossíntese das plantas refletem em variações na composição isotópica do carbono.
Plantas como a cevada, principal constituintes da cerveja, apresentam ciclo do tipo C3, enquanto o milho é uma planta tipo C4, o qual é utilizado como adjunto em certas bebidas alcoólicas, uma vez que aceleram o processo de fermentação e reduzem os custos de produção.
"Com base nesses dados, descobrimos que, do total de cervejas pesquisadas, apenas 21 utilizam somente cevada. Por outro lado, os valores isotópicos de 16 cervejas brasileiras indicam a presença de aproximadamente 50% de milho em sua composição", conta Sílvia.

Cervejas artesanais puras

A partir dessa metodologia, a pesquisa desvendou uma substancial diferença entre as cervejas comerciais, produzidas em grande escala, e as estrangeiras e artesanais.
"O estudo concluiu que as marcas convencionais são compostas de uma mistura de milho e cevada, enquanto a maioria das pequenas cervejarias, que fabricam de maneira artesanal e têm uma produção limitada, parecem visar à produção de bebidas utilizando exclusivamente a cevada", conclui a pesquisadora.

sábado, 13 de outubro de 2012

Letícia, Alfredo e os discos de Vinil

Ontem, 12 de Outubro, o Clube do Lp teve o prazer de animar a festa de casamento de Letícia e Alfredo. O casal gosta tanto de lps que, tanto o nosso convite, quanto os biscoitos de chocolate que os convidados levaram pra casa eram no formato do disco de vinil!

Além disso, Alfredo também é cervejeiro caseiro. Os convidados puderam apreciar a cerveja Ola, no estilo Irish Ale, vencedora do concurso interno da Acerva Mineira de 2012. Mais 04 estilos de chope foram servidos no evento, todos da Taberna do Vale. Uma festa fantástica, sem a presença das grandes marcas industriais. Ponto para a Cultura Cervejeira de Minas Gerais!

Saúde e vida longa ao casal!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A vez das mineiras

Crescimento. Festivais no mês de outubro ressaltam a valorização das cervejas artesanais mineiras, apontadas como de vanguarda por especialistas
Por ALINE GONÇALVES, para o Jornal OTEMPO em 05/10/2012

No Reduto das Cervejas, mais de 30 rótulos comercializados e servidos são de marcas mineiras: mercado impulsiona abertura de nova unidade. Foto de Douglas Magno

Quando os dias quentes anunciam a chegada do fim do ano e suas tradicionais festas, os fabricantes de cerveja comemoram porque é época de vender muito. Mas, para além das bebidas mais comerciais, uma parte desse mercado anda mais interessada em propagar outro tipo de consumo, faça chuva ou sol: trata-se dos cervejeiros que produzem aquelas feitas artesanalmente, produtos que conquistaram o mercado nacional e, atualmente, atingem seu melhor momento em Minas. 
Prova disso é a realização de dois eventos, num mesmo mês, que devem mobilizar o setor. O primeiro, o Festival de Cervejas Artesanais de Tiradentes, começa na próxima quinta-feira, na cidade histórica do Campo das Vertentes. Já a segunda edição do Uaiktoberfestt, inspirado no festival alemão, chega em Nova Lima no dias 19, 20 e 21.

"Esses eventos são fundamentais para a formação de um novo público. E eu digo com segurança: a pessoa que experimenta uma cerveja artesanal percebe que perdeu tempo de vida degustando as industriais, porque as artesanais são mais complexas e saborosas", defende o diretor do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Marco Falcone, ele mesmo cervejeiro profissional, sócio da Falk Bier.

Falcone conta que os eventos só foram possíveis após a projeção que o Estado conseguiu em âmbito nacional. "Minas não tem o maior número de produtores de cervejas artesanais, mas estamos na vanguarda porque produzimos o maior número de estilos. A ousadia é o nosso ponto forte", diz.

A diferenciação dos estilos é realmente um capítulo à parte nas cervejarias mineiras. A Inconfidentes, por exemplo, mais nova a conseguir autorização para produção em larga escala, já nasce congregando seis tipos distintos. "Nossa cervejaria é a junção de três grupos de produtores caseiros, Grimor, Jambreiro e Vinil. Temos ao menos 15 receitas de estilos diferentes, mas vamos começar lançando seis tipos, dois para cada marca", conta o empresário Fabrício Bastos.

Atualmente, dentre os estilos mais produzidos em Minas Gerais estão as que englobam o grupo das Ales, de alta fermentação com toques frutados, maltadas, lupuladas e, por isso, mais amargas (só nesse grupo há mais de dez subdivisões), que fazem uma evidente contraposição às brejas mais comerciais do estilo lagers, que congrega as pilsens, mais leves.

Mas, afinal, o que colocou o Estado nesse pioneirismo? Para Falcone, a difusão de pesquisas e de conhecimento histórico é uma das respostas (ele mesmo ministra, ao lado da jornalista Fabiana Arreguy, do programa "Pão e Cerveja", da CBN, um curso de beer sommelier, que já está em segunda edição). Segundo ele, os cervejeiros mineiros buscam resgatar as receitas tradicionais, além da criação de sabores próprios com ingredientes típicos. "Só para se ter ideia, por mais de 2.000 anos, a Europa consumiu cervejas com ervas. Mas as igrejas protestantes barraram isso para minar a força da Igreja Católica, que detinha as especiarias. O que nós fazemos é um trabalho de pesquisa e de redescoberta das cervejas", conta.

Nesse processo, Minas Gerais produz, hoje, rótulos, por exemplo, com toques de café, cacau, jabuticaba. Os produtores caseiros (termo dado pela Associação dos Cervejeiros Artesanais para designar os que não possuem autorização do Ministério da Agricultura para comercializar as bebidas) costumam ser ainda mais ousados, e, em eventos, apresentam bebidas com doce de leite e polvilho, por exemplo.

"As cervejas mineiras são tão boas como as importadas ou até melhores se pensarmos que elas não perdem sabor na viagem", reafirma o proprietário do Reduto da Cerveja, Daniel Cosendey.

Na visão do empresário Juliano Mello, proprietário do bar Rima dos Sabores, que comercializa diversos rótulos de cervejas artesanais, outra característica da personalidade do belo-horizontino tem interferido para o momento de ascensão. "Ao contrário do que falam, o mineiro não é conservador: ele gosta de novidade. Isso estimula que os cervejeiros busquem as novas receitas", acredita. A boa relação entre os cervejeiros é apontada por ele como outro ponto positivo. "O pessoal não amarra informação. Se alguém quer produzir sua cerveja em casa, todos os pequenos empresários vão estimular", diz.

 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Consumo de cerveja per capita por países

Paradoxo: o Brasil é o 3º maior produtor mundial de cervejas com 10,3 bilhões de litros por ano (fonte), mas ocupa apenas o 18ª posição no consumo per capita da bebida, como demonsta o gráfico acima, com 62 litros consumidos por habitante/ano. Fonte: e-malt.com

terça-feira, 2 de outubro de 2012

AcervA Mineira e MAPA


Acerva Mineira levando Cultura Cervejeira ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA.
Palestras sobre estilos e produção de cervejas feitas pelos membros Paulo Patrus, Humberto Ribeiro, Pablo Carvalho, Gabriela Montandon e Paulo Schiaveto. Uma parceria que trará muitos bons frutos para o cenário cervejeiro mineiro e nacional.

Inconfidentes - Cervejarias Conjuradas

Confiram o vídeo da Inconfidentes feito pelo Estúdio Mangabeiras. Um sonho se sonha junto!